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Operação Ouro de Areia: assessores ligados a deputado Edevaldo Neves são alvos da Polícia Civil em Rondônia

A Polícia Civil de Rondônia deflagrou, na manhã desta sexta-feira (17), a Operação Ouro de Areia, que teve como alvos assessores lotados na Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO). A ação foi coordenada pela 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO 2), com apoio do Ministério Público de Rondônia (MP-RO), por meio do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Entre os investigados estão assessores ligados ao deputado estadual Edevaldo Neves e a outro parlamentar da Casa. Um dos assessores, cujo nome começa com a letra G e termina com O, foi preso preventivamente durante a operação. As investigações apontam para a existência de uma estrutura criminosa dentro da Assembleia Legislativa, formada por cargos comissionados fantasmas criados para desviar recursos públicos e lavar dinheiro.

Segundo a Polícia Civil, um servidor público atuava como líder e articulador do grupo, sendo responsável pelo recrutamento, comando das operações e planejamento dos crimes. Ainda conforme a investigação, servidores nomeados para cargos de assessor recebiam salários mensais sem exercer função alguma, continuando a trabalhar em outras atividades fora da ALE-RO. O esquema também envolvia empréstimos consignados fraudulentos, com valores rapidamente distribuídos entre os integrantes da rede criminosa.

A Justiça determinou buscas e apreensões em oito endereços, incluindo a sede da Assembleia Legislativa, além da suspensão de três servidores por 90 dias, proibição de acesso a repartições públicas e restrição de contato com vítimas e testemunhas. O nome “Ouro de Areia” faz referência a uma falsificação que aparenta ter valor, mas se desfaz com o tempo — uma metáfora ao esquema fraudulento que simulava legalidade por meio de nomeações e contracheques oficiais, enquanto desviava verbas públicas.

Em nota, a Polícia Civil de Rondônia destacou que a operação reforça o compromisso da instituição com a transparência, ética e combate à corrupção, assegurando que os recursos públicos sejam utilizados em benefício da sociedade.

Fonte: Ideal / Polícia Civil / MP-RO

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