O prefeito de Vilhena, Delegado Flori (Podemos), admitiu pela primeira vez a possibilidade de renunciar ao mandato para compor chapa como candidato a vice-governador de Rondônia nas eleições do próximo ano. O nome mais cotado para a cabeça de chapa é o do deputado federal Fernando Máximo (União Brasil), que já confirmou sua intenção de concorrer ao Governo do Estado.
Em entrevista, Flori foi direto ao apontar as dificuldades enfrentadas pelo município diante da falta de investimentos do atual governo estadual. Segundo ele, Vilhena tem sido esquecida:
“Atualmente não há nenhuma obra do governo na cidade. Temos repasses obrigatórios de emendas, fruto do esforço dos deputados, mas atuação direta do governo é zero. O programa Tchau Poeira, por exemplo, trouxe zero quilômetros de asfalto novo para Vilhena, enquanto cidades como Ji-Paraná e Cacoal receberam mais de 50 quilômetros”, destacou.
O prefeito também criticou a precariedade da segurança pública no município, que conta com efetivo reduzido da Polícia Militar e patrulhamento insuficiente:
“Vilhena, com mais de 110 mil habitantes, é patrulhada por apenas duas viaturas por turno. Isso significa que, diante de duas ocorrências simultâneas, a cidade fica praticamente sem policiamento. O governo do Estado se mostra indiferente à nossa realidade”, afirmou.
Flori, por outro lado, elogiou a atuação do deputado federal Fernando Máximo, lembrando que o parlamentar já destinou dezenas de milhões em emendas e mantém presença constante na cidade.
“Ele mostra na prática o que esperamos de um governador: presença, investimento e respeito com a população. É um pré-candidato que atende todos os requisitos”, declarou.
Segundo apurou o Se Liga Cacoal, caso aceite o convite de Fernando Máximo, o prefeito terá de renunciar ao cargo em até seis meses antes do pleito, o que deixaria o comando da Prefeitura de Vilhena com o atual vice-prefeito, Aparecido Donadoni (PL).
Com essa possível “dobradinha”, a disputa pelo Governo de Rondônia em 2026 pode ganhar novos contornos, colocando Vilhena no centro das articulações políticas estaduais.

