A Polícia Civil de Rondônia deflagrou nesta sexta-feira (17) a Operação Ouro de Areia, que tem como objetivo desarticular um esquema de rachadinha e de cargos fantasmas dentro da Assembleia Legislativa do Estado (ALE-RO). A ação é conduzida pela 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco 2), com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Rondônia.
De acordo com informações repassadas por uma fonte ao portal Eu Ideal, um dos investigados é um assessor que recebia apenas R$ 300, embora seu contracheque registrasse R$ 10 mil. O restante do valor era repassado aos articuladores do esquema, configurando o crime conhecido como rachadinha.
As investigações apontam que o grupo atuava dentro da estrutura administrativa da Assembleia Legislativa, utilizando nomeações de servidores comissionados que não exerciam função real. Um servidor público é apontado como líder da organização criminosa, responsável pelo recrutamento, pela divisão dos valores desviados e pelo planejamento das ações.
Além dos cargos fantasmas, o grupo também realizava empréstimos consignados fraudulentos junto ao Banco do Brasil, com recursos que eram rapidamente distribuídos entre os integrantes da rede criminosa.
Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram executados mandados de busca e apreensão em oito endereços, inclusive dentro da sede da Assembleia Legislativa. Houve também prisão preventiva do principal investigado. A Justiça determinou ainda o afastamento de três servidores por 90 dias, com bloqueio de acesso a repartições públicas e proibição de contato com testemunhas.
O nome da operação, Ouro de Areia, faz referência a algo que aparenta ter valor, mas é falso — uma analogia ao esquema que simulava legalidade por meio de documentos oficiais, contracheques e nomeações, enquanto cargos e funções eram fictícios, servindo apenas ao desvio de verbas públicas.
A Polícia Civil destacou que a operação reforça o compromisso com a transparência e o combate à corrupção, assegurando que os recursos públicos sejam aplicados corretamente em benefício da sociedade.
Fontes: Polícia Civil de Rondônia, Ministério Público de Rondônia e Portal Eu Ideal.

