Uma mulher, identificada pelas iniciais A. C. L, foi vítima de violência brutal e cárcere privado praticados pelo ex-namorado, Cleiton da Costa Barbosa, em sua residência localizada no bairro Riozinho. O caso, que chocou a comunidade local, ocorreu entre a madrugada de 11 e a tarde de 13 de abril de 2025, culminando com a fuga do agressor pouco antes da chegada da Polícia Militar.
De acordo com o relato da vítima, prestado à Polícia Militar por meio de seu tio, Barbosa invadiu a residência pulando o muro e arrombou a porta do quarto onde a vítima se encontrava. A partir desse momento, iniciou uma série de agressões físicas que incluíram socos, enforcamento, puxões de cabelo e pontapés, resultando em diversas lesões corporais visíveis, conforme documentado por fotografias.
A vítima relatou ainda momentos de terror, nos quais, após tentar escapar e alcançar o portão da residência, foi recapturada pelo agressor e forçada a retornar ao interior do imóvel. Lá, permaneceu em cárcere privado por aproximadamente dois dias, sofrendo constante violência física e psicológica, sem poder pedir ajuda ou contatar seus familiares.
A situação só teve um desfecho quando familiares de da jovem chegaram à residência por volta das 14h15 do dia 13 de abril. Ao perceber a presença do tio e de um primo da vítima, o suspeito afirmou que deixaria o local antes da chegada da polícia e fugiu em um veículo Jeep Compass, tomando rumo desconhecido.
A Polícia Militar, acionada pela central de operações, compareceu ao local e constatou a gravidade da situação. Diante dos fatos, foram identificados, em princípio, os crimes de violação de domicílio (art. 150 do Código Penal), lesão corporal (art. 129 do Código Penal) no contexto de violência doméstica, sequestro e cárcere privado (art. 148 do Código Penal). Todos os crimes são agravados pelas disposições da Lei Maria da Penha (Lei n.º 11.340/2006), considerando a relação íntima de afeto preexistente entre vítima e agressor.
A ação violenta e prolongada de Barbosa não apenas violou direitos fundamentais da vítima, mas também representou uma grave ameaça à ordem pública, à integridade física e psicológica da vítima e à segurança da comunidade.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para prestar os primeiros socorros à vítima, que apresentava visíveis sinais de abalo emocional e lesões graves. A jovem foi encaminhada para atendimento médico e orientada pela Polícia Militar sobre os procedimentos legais para formalizar a representação criminal contra o ex-namorado perante a autoridade policial competente.
A Polícia Militar destacou o empenho da guarnição no atendimento imediato da ocorrência, atuando de forma firme e legalista para proteger a vítima, conter a situação de risco e preservar a ordem pública. A atuação policial foi considerada determinante para interromper a série de agressões e a privação ilegal de liberdade, contribuindo para a preservação da integridade física e emocional da vítima e para a manutenção da paz social na região.
As autoridades competentes já foram comunicadas do caso e deverão dar seguimento às investigações para localizar e responsabilizar o agressor pelos crimes cometidos. A comunidade local espera por justiça e reforça a importância de denunciar casos de violência doméstica.
Fonte: RO Acontece
